sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

QUANDO COMEÇEI NO RADIO COMO PROGRAMADOR MUSICAL....EU TINHA 18 ANOS......E SELECIONAVA ESTAS MUSICAS.....A EPOCA E O PASSAR DO TEMPO FORAM ME TORNANDO MAIS EXIGENTE ....NO QUESITO MUSICA. MEU VELHO (QUE TAMBEM, FOI RADIALISTA POR 55 ANOS), ME DISSE UM DIA: BAH, MEU FILHO, NOS NAO SERVIMOS MAIS PARA O RADIO. EU DISSE: TA ENGANADO, MEU VELHO.....O RADIO QUE NAO NOS SERVE MAIS.........O RADIO QUE NOS FIZEMOS, FOI UNICO E INIGUALAVEL.......O TEMPO PASSOU, VIERAM NOVAS TENDENCIAS E MODISMOS, A QUAL NUNCA NOS ENCAIXAREMOS, POIS NOS VIVEMOS GENEROS MUSICAIS, OS QUAIS NUNCA MORREM......VEJA BEM MEU VELHO.....QUEM DIRIA QUE "HOJE", ESTARIAMOS DO "MESMO LADO", QUANDO TU ME "MALHAVA", COM MINHAS MUSICAS DE "LOUCO", COMO DEFINIAS QUANDO EU ERA PROGRAMADOR MUSICAL...........E DE TANTO ME INCOMODAR COM ISSO QUANDO ERAS MEU GERENTE, ME DEMITI DA RADIO EM QUE TRABALHAVA....PARA LOGO DEPOIS TU ME RECONTRATAR.....SABE O QUE EU DISSE ? PAI, OS TEMPOS SAO OUTROS...EU NAO POSSO TOCAR SILVIO CALDAS, VICENTE CELESTINO SO PORQUE TU GOSTA.....AGORA E MEU TEMPO....NAO TE PREOCUPAS, CHEGARA UM DIA QUE VIVEREMOS TEMPOS IGUAIS...O TEU E O MEU TEMPO.............E AGRADEÇO A DEUS POR TODOS OS ENSINAMENTOS QUE ME DESTE....QUE DE TANTO APRENDER....FUI ME TORNANDO UM PROFISSIONAL QUALIFICADO A PONTO DE TE INTERROGAR........NO MEU TEMPO....EU TIVE UM MESTRE, A QUEM TIVE A HONRA E O ORGULHO DE CHAMAR DE PAI. PRESTO AQUI ALEM DE UMA HOMENAGEM,.....UM RECONHECIMENTO INFINITO....A ESTE "MONSTRO SAGRADO DO RADIO E DA MUSICA", A ESTE "MITO", DA SABEDORIA, DA CULTURA, DA FE E DA HUMILDADE. PARAGUASSU PEREIRA FARIAS......UM PAI QUE NO LUGAR DO "VAZIO", ABRIU UMA "CRATERA"...DE LEMBRANÇAS E SAUDADES. UM CICLO ENCERRADO COM EXTREMA DIGNIDADE....E VIDA QUE SEGUE !! ...VARIOS TEMPOS............EM PROL DA MUSICA DE QUALIDADE, OBEDECENDO A ORDEM CRONOLOGICA DA VIDA, TENDO A CERTEZA QUE QUANDO "BATE A INSPIRAÇAO", ELA "VEM DO CEU".



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MAIS Q UMA RADIO

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

MAS BAH TCHE !! OS CORREIOS VAO ENTRAR EM GREVE NOVAMENTE......DEVEM TER UNS "TROCENTOS DISSIDIOS POR ANO"...............ETA CATEGORIA QUE GOSTA DE FAZER GREVE......TEM QUE PRIVATIZAR LOGO...PARA ACABAR DE VEZ....COM ESTAS BARBARIDADES....... VEJAM BEM ...A ULTIMA GREVE FOI EM NOVEMBRO DE 2014....PASSADO PRATICAMENTE 2 MESES......E DE-LHE GREVE !! ANTIGAMENTE SE FAZIA GREVE POR MELHORES SALARIOS....AGORA, E PARA TRABALHAR SOMENTE PELA MANHA.....SE A MODA PEGA........ALIAS, PREFERIA NAO MAIS FALAR NISSO.......MAS E DEMAIS !! O MINISTRO DA FAZENDA DIZ QUE O SEGURO-DESEMPREGO E BENEFICIO ULTRAPASSADO, A LUZ AUMENTOU, VAO AUMENTAR AS PASSAGENS DE ONIBUS, A GASOLINA VAI AUMENTAR........EU TENHO CERTEZA QUE ULTRAPASSADO E PENSAR QUE O POVO TEM CARA DE IDIOTA ..POBRE DO MEU BRASIL...........COITADO DE MIM E DE MEU POVO.......NO FINAL, SEMPRE SOMOS CONDENADOS: CULPADOS DE TUDO !! CCCCCCHHHHHEEEEEGGGGGAAAAAA !! COMECEM O AJUSTE DO BRASIL POR CIMA...DIMINUAM O NUMERO DE MINISTERIOS QUE JA ESTA EM 39.......DEVOLVAM AOS COFRES DA UNIAO O DINHEIRO DA PETROBRAS......CORTEM MORDOMIAS E SUPERFLUOS.......DIMINUAM SEUS SUPERSALARIOS....CORRIGAM A TABELA DO IR.....DEEM CONDIÇOES AOS EMPRESARIOS, DIMINUINDO SEUS TRIBUTOS PARA QUE POSSAM GERAR MAIS EMPREGOS E MANTE-LOS..........OFEREÇAM AO POVO MAIS SAUDE, EDUCAÇAO E SEGURANÇA ..............NAO TEM PRAZO, MAS FAÇAM ALGUMA COISA, EM NOME DE UMA PATRIA AMADA CHAMADA BRASIL ! CCCHHHEEEGGGAAA DE ABSURDOS !!! NAO TOU FALANDO DE NENHUM PARTIDO........MEU PARTIDO CHAMA-SE "POVO BRASILEIRO", E PEDIMOS "CLEMENCIA" !! A CADA NOTICIA QUE VEJO E OUÇO CONTRA MEU POVO, NO QUAL ME INCLUO,.......E MAIS UMA LAGRIMA DE DESILUSAO E DESGOSTO.........QUE ESCORRE EM MEU ROSTO "PINTADO DE VERDE E AMARELO". ESTE TEXTO.....SIM... E UMA CRITICA E UM DESABAFO......ASSIM COMO A PRESIDENTE BAIXOU A CONTA DE LUZ, TEMPOS ATRAS..... COLOQUEI UM POST APLAUDINDO A MEDIDA.......ESTE BLOG PREZA, OU PELO MENOS TENTA PREZAR PELA COERENCIA, BOM SENSO E JUSTIÇA.....TUDO O QUE ESTA FALTANDO, NO MOMENTO A MUITA GENTE.......QUEREMOS UM BRASIL MAIS JUSTO COM SEU POVO.


sábado, 24 de janeiro de 2015

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PROGRAMA "VIDA NO SUL" ( TV APARECIDA). APRESENTAÇAO: ANTONIO GRINGO

O Vida no Sul é um projeto cultural promovido pelo Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) que divulga as manifestações culturais do Sul da América Latina. O projeto iniciou há 6 anos e há 5 anos produz um programa de TV semanal, hoje veiculado em três emissoras em rede nacional, regional e também na rádio. É espaço para apresentar a cultura que não aparece na grande mídia, valorizando a ação comunitária, a agricultura ecológica, a solidariedade e, principalmente, a participação popular na construção de uma vida melhor. Já foram exibidos mais de 300 programas, com dezenas de artistas, diversas temáticas e histórias de inúmeros municípios. Um universo multicultural com as particularidades da vida no sul.
Apresentador
apresentador_gringoAntônio Gringo – Músico, cantor, instrumentista e compositor, Antônio Gringo apresenta o Vida no Sul desde o dia julho de 2012. É fundador do Grupo Antonio Gringo e os Quatro Ventos, com quem tocou fandangos pelo sul do Brasil durante mais de 20 anos. Artista participativo em inúmeros Festivais de Música Nativa, por diversas vezes recebeu premiações por músicas autorais e também com parcerias. Um de seus maiores sucessos, e por isto presente em todos os seus shows, é a música “Cativeiros”, de sua autoria e uma poesia cantada ao longo de mais de 20 anos e ainda atual na força de sua letra. Tendo a vida do planeta e a natureza como inspiração presente e constante, empresta sua arte para cantar a preocupação com o meio ambiente e faz do seu canto uma arma na luta pela ética na política.
Na internet
Site: www.vidanosul.com.br
Facebook: fb.com/programa.vidanosul
Youtube: www.youtube.com/vidanosul
Ficha técnica
Apresentador: Antônio Gringo
Diretor: Isnar Veira Borges
Direção de produção: Saraí Brixner
Produção: Luiz Leandro da Rosa e Maister Freitas da Silva
Produção administrativa: Joselaine Cibuski e Gabriele Pascoal
Jornalista: Marcelo Ferreira
Matérias e locução: Guilherme Azevedo
Cinegrafistas: Alex Garcia, Alexandre Garcia, Carlos Alberto Alves e Roberto Magalhães
Direção de fotografia: Alex Garcia
Captação e edição de som: Sandro Schmit
Edição: Alan Furtado e Enrico Benites
Trilha Sonora de Abertura: música “Terra Sepé Guarani”, por Pedro Munhoz
Coordenador Geral: Frei Sérgio Görgen

NESTE DOMINGO (25/01) , NO GALPAO CRIOULO (RBS TV)......TEM ROCK DE GALPAO.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

EU SO GOSTARIA DE SABER.....QUEM VAI PAGAR A CONTA DO ARROCHO, QUE ESTAO IMPONDO AO POVO BRASILEIRO ? OS ELEITORES DO PT ? CADE ELES ? SUMIRAM ? ESTAO DECEPCIONADOS ?..........TENHO UMA SUGESTAO: "RELAXEM....E GOZEM" !

A HISTORIA DE ANTONIO MARCOS.



Antônio Marcos: do auge à derrocada|| Créditos: Arquivo Pessoal / Revista J.P
Antônio Marcos: do auge à derrocada Créditos: Arquivo Pessoal / Revista J.P
Recordar é viver! Edições passadas das revistas J.P, PODER, Modo de Vida e MODA vão ressurgir com a seção “Baú Glamurama”. A matéria da vez é “Apenas um Romântico”, da revista J.P, de Renato Fernandes, nosso colaborador. O tema? A vida nada mansa de Antônio Marcos, cantor galã dos anos 70, que virou alcoólatra e  foi levado à decadência. 
O Último Romântico
Antônio Marcos levou multidões à loucura com sua bela voz e porte de galã. Cantor e compositor de clássicos populares dos anos 70, fez Roberto Carlos vender milhares de discos com a música “Como Vai Você”. Ex-marido da cantora Vanusa e da atriz Débora Duarte, deixou muitas mulheres apaixonadas. Mas foi tragado pelo alcoolismo.
São Paulo, verão de 1975, o casal Vanusa e Antônio Marcos toma o café da manhã ao lado das pequenas filhas, Amanda e Aretha. De repente, a mais velha diz que não quer mais ir para a escola: “As crianças, durante o recreio, gritam que meu pai é bêbado”. A cantora gela e pede à babá que leve as meninas para o jardim. Há tempos que ela adiava aquele momento. “Está vendo, Toninho, o que você está causando à suas filhas?” O cantor nada responde. Vanusa continua: “Chegou a hora de você escolher: ou a nossa vida ou o seu scotch.” Antônio Marcos ergue a garrafa de uísque, dá um gole e diz, sem encará-la: “Nunca vou parar de beber”. Sem nada mais dizer, ele levanta-se e vai embora. Vanusa debruça sobre a mesa e desaba a chorar. A xícara vira e o café escorre pela toalha. Terminou assim o casamento que durante seis anos fora o mais badalado da música popular dos anos 70.
A Ascensão
Antônio Marcos Pensamento da Silva nasceu no dia 8 de novembro de 1945, em São Miguel Paulista, distrito da zona leste de São Paulo. É o segundo dos oito filhos do alfaiate e vendedor de livros Vicente e de dona Eunice — hoje com 91 anos –, costureira, poetisa e compositora. Como era fraquinho, o aluno do grupo escolar Vila Sinhá costumava contar que chegou a tomar injeção de sangue de cavalo na infância, seguindo as instruções de uma benzedeira. Começou a trabalhar cedo, para ajudar a família de baixa renda. Torcedor aficionado pelo time do São Paulo, foi office-boy do banco Ítalo-Brasileiro e balconista de uma loja de sapatos. E, desde pequeno, cantava nas formaturas da escola. Sabia de cor as canções de Bob Nelson, cantor country pioneiro no Brasil. Mas, aos 12 anos, já dava os primeiros goles nos botecos de São Miguel. Matava aulas para ir ao cinema, compor poesias e tocar violão na casa dos amigos. Por isso, só conseguiu concluir o segundo grau com muito esforço.
Desde sempre chamava a atenção por seu belo porte e carisma: fazia pontas em programas da TV Tupi. Sua voz garantiu-lhe uma vaga no coral Golden Gate, dirigido por Georges Henry e uma participação no programa de rádio de Albertino Nobre, onde foi nomeado “A Voz de Ouro de São Miguel”. Em 1962, esteve na Ginkana- Kibon, apresentada por Vivente Leporace e Clarice Amaral, na TV Record. Lá, cantou “Only You”, sucesso de Elvis Presley, de quem ele colecionava os discos. Dois anos depois, é destaque ao cantar, tocar violão e imitar cantores no programa de Estevam Sangirardi, na rádio Bandeirantes.
O rapagão também era talentoso nos tablados e logo foi fisgado pelo Teatro de Arena. Tornou-se ator principal das peças Pé Coxinho e Samba Contra 00 Dolar. Em 1965, junta-se a mais três rapazes e montam o quarteto Os Iguais. Estouram com a música “A Partida”, mas Antônio Marcos nasceu para brilhar sozinho e, dois anos depois, lança seu primeiro compacto com duas músicas: “A Estória de Quem Amou Uma Flor” e “Perdi Você”. O disco não fez muito sucesso, mas aquela voz sobressaiu. O cantor logo conseguiu gravar seu segundo compacto e estourar nas paradas com a música “Tenho Um Amor Melhor Que o Seu”, de autoria de Roberto Carlos. A música toca em todas as rádios e Antônio Marcos torna-se coqueluche nacional: o homem ideal das mocinhas românticas da época, com 1,82 m, cabelos lisos, robusto e dono de uma voz de ouro.
Os tempos de vacas magras vão ficando para trás. Na estante de casa, já acumula prêmios – como o Roquete Pinto e o Chico Viola, de 1969 — e compra seu primeiro carro, um Corcel Luxo. E embala um romance com uma das estrelas da Jovem Guarda, o Queijinho de Minas Martinha: “Antônio Marcos foi o grande amor da minha vida. Ficamos dois anos juntos como num conto de fadas. Na minha casa, tinha uma parede, como se fosse uma cortina, com seus poemas. Só que ele queria ‘juntar’ e eu queria casar”, lembra a cantora e compositora, que teve sua música “Sou Eu” gravada no primeiro disco do cantor.
Em 1969, com 21 anos, Antônio Marcos dá uma guinada durante o IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, quando ganha o prêmio de melhor intérprete. Ele nem liga para as vaias, canta lindo, com os cabelos longos e uma camisa de renda preta aberta até o umbigo, exibindo o tórax cabeludo. Ao ver Vanusa — que levou o terceiro lugar do festival cantando “Comunicação” –, se encanta e dá a ela uma flor: ao vivo e em preto e branco, como era a televisão na época.
Os dois já haviam se encontrado meses antes rapidamente no escritório da gravadora RCA Victor: “Nos vimos e o ar parou. Ele me deu um disco e, em casa, quando ouvi aquela tremenda voz, eu me apaixonei na hora’’, lembra a cantora, que naquele dia, terminou o namoro com o cantor Fábio. E, após o festival da Record, alguns cantores foram comemorar na casa de Antônio Marcos, no Brooklin, bairro da capital paulista. Providencialmente, Edith, na época assessora de Roberto Carlos, deu um jeito de Vanusa pegar uma carona no Sinca Chambord lilás do cantor. Na casa dele, pura festa: todos cantando e bebendo em volta da piscina. Até que Vanusa descola um maiô emprestado, dá um mergulho e braçadas a la Esther Willians que deixa todos os convidados surpresos: “Saí tremendo de frio e fui para o um quarto, na edícula. Tirei o maiô, fiquei nua e entrei embaixo da coberta. De repente, sinto alguém entrando. Sabia que era ele. Fizemos amor na cama da empregada”, confessa.
Na tarde seguinte, já tomavam sorvete juntos. E, daquela casa, Vanusa não saiu mais. Os dois passaram a morar juntos, mas não eram casados, como exigia os padrões rígidos da época. Isso porque os artistas naquele tempo não podiam se casar para alimentar os sonhos dos fãs. Então, Vanusa ficou grávida e passou a ser xingada nas ruas pelas tietes de Antônio Marcos. Em uma apresentação do cantor em Quem Tem Medo da Verdade, o casal foi tão massacrado que Vanusa — assistindo ao programa sozinha em casa – passou mal e acabou perdendo o bebê aos cinco meses de gravidez. Com o sofrimento da cantora, as fãs se sensibilizaram e a imprensa passou a chamá-los de “Casal 20”.
No mesmo ano, Antônio Marcos emplacou nas rádios a música “Menina de Tranças” e, na televisão, como galã do folhetim Toninho On the Rocks, feito para ele estrelar no horário nobre da TV Tupi e que também tinha Raul Cortez e Marilu Martinelli no elenco. A mocinha da trama? Débora Duarte. Em uma tarde, um silêncio constrangedor tomou conta dos estúdios da Tupi, no Sumaré, onde gravavam a novela. Vanusa passou por lá para fazer uma surpresa para Antônio Marcos e flagrou-o, na cama do cenário, dando um beijo em Débora. Ele justificou que era o ensaio de uma cena, mas a desculpa não colou. A cantora, novamente grávida, disse-lhe que estava tudo acabado e sumiu pelos corredores da emissora. Foi para a casa da mãe. Inconformado, Antônio Marcos ligava para ela de hora em hora, mandou flores, presenteou-a com um anel de brilhante. Até que a cantora o aceitou de volta.
O Auge
Sucesso na TV, Antônio Marcos estreia no cinema com o longa-metragem Pais Quadrados, Filhos Avançados, dirigido por J. B. Tanko. “Ele chegou atrasado à pré-estreia, no antigo Cine Regina [no centro de São Paulo]. Depois do filme, nem falou nem subiu no palco. Estava indisposto”, conta hoje Mauricio Kus, um grande divulgador de filmes nacionais dos anos 70. A indisposição era em decorrência de umas doses a mais. “Ele bebia muito e não comia. Seu café da manhã era uísque”, confirma Vanusa. O cantor chegou a bater o carro várias vezes por dirigir alcoolizado. Certa vez, teve perda total de uma Ferrari: no problem, como estava no auge da carreira, em 15 dias já tinha outra garagem.
Apesar do pileque constante, ele era muito vaidoso. Tinha um closet cheio, com diversos tipos de botas e ternos de muitos tons e com brilho. Em uma loja, se gostasse do modelo de uma camisa, levava de todas as cores. E lançou moda: foi um dos primeiros homens a usar macacão no Brasil. Afinal, Antônio Marcos, ao lado de Wanderley Cardoso e Paulo Sérgio, era ídolo do programa Os Galãs Cantam e Dançam, de Silvio Santos. Também fazia sucesso nas fotonovelas: em uma delas, aparece dando um beijaço em Vera Fischer, na época estrela da pornochanchada A Super Fêmea. No cinema, em Som, Amor e Curtição, contracenou com as belas Betty Faria e Rosemary. E, no mesmo ano, em 1972, Antônio Marcos oficializou o casamento com Vanusa, depois que Amanda, a primeira filha do casal, nasceu. O casal ainda teve mais uma filha, Aretha, e, com a ajuda de Silvio Santos, que sempre gostou muito do cantor, compraram uma casa na rua Joaquim Nabuco, em São Paulo.
Ele também era respeitado como compositor. Foi em um jantar na casa de Nice e Roberto Carlos, no Morumbi, que ele apresentou “Como Vai Você”, que rendeu ao ícone da Jovem Guarda mais de 700 mil discos vendidos.
Antônio Marcos ganhava malas de dinheiro com seus shows. Mas também gastava muito. Chegou a dar seu carro para um taxista bêbado que lamuriava em um bar. Aliás, não era raro o cantor fazer essas “doações”: costumava comprar comida em restaurantes nobres para dar a mendigos e dividia o que tinha na carteira se um amigo estivesse “duro”. Atitudes de um homem generoso, lamentavelmente consumido pelo alcoolismo. “Eu perguntava por que ele bebia tanto e ele respondia: ‘Não sou deste planeta, o mundo é muito cruel e desigual’”, ressalta Vanusa.
Saía sem avisar seu paradeiro e chegava a virar noites. Certa vez, chegou a sumir por quatro dias. A atriz Elsa de Castro sabe bem: “Eu era louca por ele. Jantávamos na churrascaria Eduardo´s, no centro. Ele bebia muito, mas era gentil e não parava de falar na Vanusa. Aí, eu o levava para casa”, conta. Devido aos sumiços, sua mulher chegou a ter de substituí-lo em dois shows. “Nunca fui tão vaiada, foi tão traumático quanto o vídeo do Hino Nacional no YouTube [refere-se a uma interpretação polêmica que a cantora fez em março de 2009 e virou hit na internet]”, compara Vanusa, que acabou se separando do cantor no começo de 1975.
Em abril do ano seguinte, uma manchete chega às bancas de todo Brasil: “Bomba/Confirmado, Romance de Débora Duarte e Antonio Marcos”. A atriz, segundo o cantor dizia para os amigos, apresentara a ele um novo mundo, que se refletiu em seu novo visual: cortou o cabelo, passou a usar franja e bigode. Meses depois, o casal mostrou sua residência, no Morumbi, na capa de um especial da revista Amiga: “Os ídolos da TV e suas casas fabulosas”. A mansão tinha piscina, campo de futebol society, veludo nos sofás e um bar de aço escovado. E, em julho de 1977, tiveram a primeira filha, Paloma Duarte.
Débora e Antônio Marcos apresentaram juntos o programa Rosa e Azul, na TV Bandeirantes, que tinha, em 1979, atrações musicais como Miss Lane, Djavan, Lady Zu e Sidney Magal. Na mesma emissora, estrelaram a novela Cara a Cara, de Vicente Sesso, que também tinha no elenco Fernanda Montenegro, David Cardoso e Luiz Gustavo. O casou até gravou um compacto com as músicas da novela. Mas, no início dos anos 80, se separou e Antônio Marcos “entrou em parafuso”, como o próprio declarou. Pensou em largar tudo para ser garçom em Amsterdã. “Se tenho de ir ao fundo do posso, eu vou. Sou mais ou menos insuportável”, reconheceu. Dois anos depois, eles tentaram uma reconciliação, que não durou muito.
A Decadência
Aos 39 anos, Antônio Marcos conheceu sua terceira mulher, no aeroporto de Natal. A modelo Rose, quase 20 anos mais nova que ele, teve um menino, Antônio Pablo, que levou este nome em homenagem ao poeta Pablo Neruda, um dos favoritos do cantor. Pai novamente, o cantor se viu em um mau momento. Sua carreira já não era a mesma, ele não era mais convidado para fazer novelas e não estourava hits nas rádios. Até que uma nova parceria, com o compositor e produtor Antônio Luiz, deu-lhe novo ânimo. Antônio Marcos se aproximou do autor de “Tic Tic Nervoso” — um hit dos anos 80 – nos bastidores do programa do Bolinha. “As pessoas davam drogas para ele, mas não davam mantimento. Cheguei a fazer ligações anônimas ameaçando mandar a polícia atrás delas’’, conta Antonio Luiz, que, em 1985, compôs com Antonio Marcos 12 músicas para a peça Zé Criança, onde Paloma Duarte, com apenas 8 anos, atuou com o pai no teatro Nelson Rodrigues, em Guarulhos. E, em 1987, Luiz foi parceiro em quatro canções de O Anjo de Cada Um, o último disco de músicas inéditas que o cantor lançou.
Internações em clínicas de desintoxicação passaram a fazer parte da rotina de Antônio Marcos depois que ele resolveu, enfim, travar uma luta contra o álcool e as drogas. “Nesse período, percebi como a bebida transforma a gente. Você bebe, cheira tóxico e pensa que seu poder de criação está mais aguçado. Tudo palhaçada”, reconheceu em entrevista a revista Contigo.
Mas o declínio era evidente. Ele não conseguiu largar a bebida e acabou tendo que se mudar para Mairiporã, segundo Luiz, com dificuldades financeiras até mesmo para comer. Para socorrer o ex-marido, Vanusa, que já sido casada com o diretor Augusto César Vanucci — na época poderoso na TV Bandeirantes –, pediu ao ex-marido para promover um show na emissora para arrecadar dinheiro para Antônio Marcos. Mas com uma condição: que o cantor se internasse para ficar sóbrio. Três meses depois, em junho de 1987, ele saiu da clínica para o teatro Záccaro, onde aconteceria o especial. Mas, no caminho, deu um jeito de tomar um porre e chegou bêbado aos bastidores. Vanusa trancou o cantor no camarim até a hora dele entrar em cena. Antônio Marcos implorava por um copo e ela deu-lhe um dedo de uísque. O show acabou sendo um sucesso, mas o cantor não apareceu ao jantar com os convidados, que incluiu Alcione, Chitaõzinho e Xororó, Fagner, Ronnie Von, Sandra de Sá e Antônio Luiz.
No início dos anos 90, o cantor deixou Rose para se unir a Ana Paula Braga, enteada de Roberto Carlos. Em 1991, depois de uma série de internações por problemas no fígado, ele ainda fez uma temporada de shows na extinta casa noturna paulistana Inverno e Verão. Até que, na manhã do dia 5 de abril de 1992, foi a uma padaria em Alphaville, pediu uma dose de uísque e, ao sair, bateu sua caminhonete em um poste, machucando o tórax violentamente contra o guidão. Ana Paula o internou no hospital Oswaldo Cruz, e, por volta das 21h, Antônio Marcos faleceu. O cantor foi enterrado no cemitério Parque dos Girassóis com a presença de dezenas de fãs, que acenavam com lenços brancos.
Após a morte do cantor, um exame de DNA comprovou a paternidade de mais um menino, Manoel Marcos, que passou a ser o primogênito da prole. Assim, após a trajetória de um típico romântico, ele deixou cinco filhos, quatro ex-mulheres, 14 discos e centenas de músicas. Em São Miguel Paulista foi fundada a Casa de Cultura Antônio Marcos São Miguel e, em 2006, sua filha lançou o CD e DVD Aretha Marcos Ao Vivo – Homenagem aos 60 anos de Antônio Marcos. “Meu pai me ensinou que o importante na vida é ser feliz e falar sempre a verdade, mesmo que isso doa”, encerra Amanda, sua filha mais velha. Antônio Marcos também costumava dizer: “Nunca vou morrer. Vou ficar encantado.” Encantadas ficaram as milhares de fãs desse romântico incorrigível.
(Por Renato Fernandes, na revista J.P de agosto de 2011)

MATÉRIA:   UOL / REVISTA J.P. / RENATO FERNANDES
VÍDEOS: YOU TUBE 

GRAVAÇAO DO PROGRAMA "VIDA NO SUL" (TV APARECIDA), DIA 26/01......COM:



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

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ROCK IN RIO - 30 ANOS ATRAS......



Há 30 anos, Rock in Rio inaugurava a era dos megafestivais no Brasil

Lufe Steffen Por
Atualizado em 9/01/2015
“Que a vida começasse agora… e o mundo fosse nosso outra vez…”
Quem tinha no mínimo dez anos de idade em janeiro de 1985 certamente se lembra dessa letra. O tema musical que martelou aquele verão havia sido composto especialmente para o primeiro megafestival de música do Brasil: o Rock in Rio.
Criado pelo empresário Roberto Medina, o evento aconteceu entre 11 e 20 de janeiro de 85, na Cidade do Rock – um espaço levantado para o festival, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Para se ter uma ideia da dimensão da coisa, a Cidade do Rock contava com o maior palco do mundo construído até aquele momento, em uma área de cinco mil metros quadrados.
A importância do Rock in Rio estava no fato de trazer ao Brasil, de uma só vez, inúmeros astros do pop e do rock internacional, numa época em que shows internacionais eram bastante raros no país.
Além disso, o Brasil não tinha a infraestrutura e o padrão de realização para eventos desse porte – até então, as poucas tentativas nesse sentido tinham sido um tanto desajeitadas: o Hollywood Rock, em Saquarema (RJ) em 1976, e o clássico Festival de Águas Claras (numa fazenda em SP, uma espécie de “Woodstock brasileiro”, realizado em 75, 81, 83 e 84). Eram eventos que não atingiam o nível de profissionalismo para se equiparar aos similiares estrangeiros.
A banda inglesa Queen, com Freddie Mercury e Brian May
A banda inglesa Queen, com Freddie Mercury e Brian May, tocando no Rock in Rio I
Mas o Rock in Rio também não foi perfeito, e muito pelo contrário, como disseram os críticos e inimigos do festival. Logo de cara uma ameaça pairava sobre o evento: veio à tona uma suposta profecia de Nostradamus (1503-1566), segundo a qual uma tragédia mataria milhares de jovens durante uma reunião no sul do planeta em janeiro de 1985. Para afastar o mau olhado, o Rock in Rio contratou o astrólogo Bola, que fez o mapa astral do festival. O místico garantiu que seria um festival tranquilo.
Tranquilo, tirando as chuvas. As tempestades de verão transformaram a Cidade do Rock em um enorme lamaçal – mas isso não impediu a presença maciça do público (cerca de 1,38 milhão de pessoas passaram por lá para ver os 29 artistas que se apresentaram).
O time de astros gringos contratados para o Rock in Rio era invejável: Queen, AC/DC, Scorpions, Whitesnake, Iron Maiden, Nina Hagen, B-52’s, Rod Stewart, James Taylor, Ozzy Osbourne, Yes, entre outros.
E o time nacional contava com uma seleção bastante eclética – e bem pouco “roqueira”: Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Eduardo Dusek, Ivan Lins… o rock mesmo estava representado por Barão Vermelho, Blitz, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha e Rita Lee – que teria ganho o maior cachê nacional do evento.
Cazuza à frente do Barão Vermelho
Cazuza à frente do Barão Vermelho no Rock in Rio I
Alguns shows entraram para a história do pop, como o do Queen, com Freddie Mercury regendo a multidão que cantava Love of My Life.
Outro momento marcante: o grupo Barão Vermelho, ainda liderado por um Cazuza new wave, devidamente vestido com figurino na linha Menudo. O Barão tocou duas vezes – a primeira na noite de 15 de janeiro. Naquele dia, o Colégio Eleitoral havia realizado a última eleição indireta para presidente do Brasil, elegendo Tancredo Neves em detrimento de Paulo Maluf. Tancredo era o candidato das Diretas Já, campanha popular que fracassara ao pedir eleições diretas para presidente em 1984.
Em menção ao fato político histórico, ao encerrar o show Cazuza declarou, no final da música Pro Dia Nascer Feliz: “Que o dia nasça lindo pra todo mundo amanhã… com um Brasil novo, uma rapaziada esperta!”
Muitas lendas cercaram o festival, como a de que Ozzy Osbourne iria comer morcegos vivos durante seu show – para evitar esta cena, a organização proibiu Ozzy, por contrato, de comer animais vivos em seu show.
Show do Queen
Show do Queen na Cidade do Rock
Segundo o livro Metendo o Pé na Lama, de Cid Castro (criador da logomarca do Rock in Rio), o festival quase não aconteceu, por falta de atrações. A obra afirma que Roberto Medina penou para contratar os artistas, e só conseguiu depois que seu pai, Abraham Medina, publicou matérias pagas em jornais estrangeiros. Antes disso, os empresários dos artistas não “botavam fé” nesse megafestival que seria realizado num país exótico e “selvagem”. O Brasil, definitivamente, não estava na rota das grande bandas pop.
O resto é história: com o sucesso do Rock in Rio, uma segunda edição aconteceu em janeiro de 1991, no Maracanã, e a terceira em janeiro de 2001, numa nova Cidade do Rock no Rio. Então vieram as inusitadas versões estrangeiras: Rock in Rio Lisboa (em 2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014) e Rock in Rio Madrid (2008, 2010 e 2012), além de mais duas edições no Rio (em 2011 e 2013), no Parque Olímpico Cidade do Rock.
O ano de 2015 vai assistir às duas novas edições: o Rock in Rio Las Vegas (em maio) e o Rock in Rio VI, no Rio, em setembro. Hoje o festival é considerado um dos dez melhores do mundo. E tudo começou com aquela lamacenta e desvairada primeira edição, há 30 anos.

Rock in Rio I - Janeiro de 1985


FONTE UOL - POR: LUFE STEFFEN

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