ASSISTINDO AO DOMINGO ESPETACULAR DA REDE RECORD , ME SURPREENDI COM A MATERIA DE QUE O EX-BAIXISTA DA LEGIAO URBANA , RENATO ROCHA VIVE ATUALMENTE COMO MENDIGO NAS RUAS DO RJ. RENATO ROCHA FEZ PARTE DOS 3 PRIMEIROS LPS DA LEGIAO URBANA PELA EMI-ODEON, E HOJE VIVE NA MISERIA ABANDONADO PELA FAMILIA E PELOS AMIGOS. PERDEU-SE NAS DROGAS E NAS BEBIDAS , ILUDIDO POR UM MUNDO DO SHOW BUSSINESS, ONDE PARA PERDER-SE BASTA UM ESTALAR DE DEDOS. TENHO UM LEMA: NAO BASTA SER MUSICO , TEM QUE SER GENTE TAMBEM. NAO PODE SE ILUDIR COM O SUCESSO , TEM QUE TER CABEÇA BOA PARA QUE ISTO NAO ACONTECEÇA .......A VIDA COBRA ....E MUITO CARO , DAS BURRADAS FEITAS PELA GENTE.
Bom, pra começar, descontando-se o fato de o Rocha possivelmente estar drogado quando deu esta entrevista, e por demonstrar estar muito, muito, muito puto por ter sido chutado de uma das maiores bandas da história, ainda assim, são depoimentos preciosos. E vou defender o direito dele dizer o que pensa, já que estamos numa democracia. Mas vamos falar a verdade: suas próprias palavras são muitas vezes incoerentes, controversas… Por exemplo, ele diz que a LU era a maior banda do Brasil, daí a pouco diz que eram todos uns merdas. Como pode ser tudo um lixo e ao mesmo tempo ser a maior banda do mundo? Nunca foi novidade pra ninguém, que tivesse acompanhado a carreira da banda, que eram todos drogados (assim como The Beatles – de fato a maior banda do mundo)… nunca foi novidade que o Russo era gay, e que Dado e Bonfá não sabiam tocar… Todos têm seus defeitos, inclusive o próprio Rocha, que aqui deixa claro que foi à bancarrota: torrou toda a grana dos áureos tempos com drogas, prostitutas e motocicletas. Mas não se pode misturar o artista com a pessoa comum. Eu, pelo menos, sempre faço esta distinção.
Russo foi um gênio da música. Escreveu letras de altíssimo conteúdo e estética, algumas até indecifráveis para o grande público (misticamente falando); muitas vezes baseado nos "3 acordes", um lugar comum no universo punk, desenhou melodias da estatura de grandes "melody makers", como Paul McCartney e Caetano Veloso; Dado e Bonfá, apesar de terem um péssimo desempenho tocando ao vivo, eram ótimos músicos de estúdio! Ninguém, por mais embuído de um desejo de vingança que esteja, poderá negar isso! Imagina? Chega a ser engraçado ler que o Dado “não representa nada para o rock brasileiro”…
Também incoerente é quando Rocha se vale do discurso do preconceito: "Eles são brancos, eu sou pele-vermelha"… mas e quando o próprio Rocha usa do preconceito para atacar os outros? O texto está recheado de "punkzinhos gays", “lambe-lambes”, "bundão", isso e aquilo. Quer dizer que ele podia subir a favela pra comprar droga, "tocar o terror” nas “rockonhas”, pegar quantas putas quizesse, sair xingando todo mundo, e ainda se vangloriar dizendo que isso é “atitude rock and roll”??? E se Bonfá o xingasse de “macaco preto”, como ele se refere ao Bonfá como “cracatoa vermelha”? Aí é “preconceito”!!!
Rocha critica Russo por "dar pro roadie da banda", "ser drogado", "pisar nas pessoas", ficar preguiçoso depois de "encher o cú de dinheiro", e blá, blá, blá… e, alguns minutos depois, diz que só gravou no álbum póstumo a faixa “Riding Song” por dinheiro (será que precisava "se queimar" por mil Reais?!?!). Como diria minha avó, é o sujo falando do mal lavado (risos). Convenhamos, fica claro nesta entrevista (se é que ela é legítima) que todo mundo tem um lado que gostaria de esconder, assim como eu e você. Se pessoas comuns não são “santos”, por que os Popstars necessariamente deveriam ser?
Mesmo assim, com todas as suas falhas de caráter, suas vaidades, seus vícios e tudo o mais, a Legião Urbana (especialmente o conturbado-gênio-sensível Renato Russo), sempre estará no meu coração e mente. Inclusive aquele seu contrabaixista dos 3 primeiros LPs, com ótimas linhas de baixo! Aquele "drogado", "skinhead", "inconsequente", "aloprado", "pegador de putas", "homofóbico", "gastador compulsivo", e tantos outros adjetivos que se costuma dar aos seres humanos comuns. Sua obra, para mim e milhares de fãs, sempre está acima do bem e do mal.
URBANA LEGIO OMNIA VINCIT
Calibam
Não sei o porquê, mas essa entrevista me parece bastante verossímil.Apesar do clima de insuportabilidade no Legião, acho que o Rocha devia ter insistido na convivência com os outros "elementos", sua saída foi ruim para todos. Ruim para Legião que viu seu som enfraquecer, ruim para o Billy que entrou num ostracismo descenessário, visto que era bastante talentoso. Às vezes é como o trabalho do dia-a-dia, tem sempre um pessoal pavoroso de se conviver, mas é assim que as coisas são: tolerância acima de tudo.
Os baixistas que apareceram nos discos pós-negrete são medonhos, no "V", então, nem se fala! É igual ao baixo do …and Justice for All do Metallica!!
Não sei se foi algo que tomei, mas ainda espero um dia ouvir "As 4 Estações" com o lendário baixo do Renato Rocha.
Sonhos…
Discordo que Renato Russo foi um grande melody maker.Ele foi bom em terra de cego.Acho a entrevista do Renato Rocha fantástica, pois é bom ter um ponto de vista diferente, e não só essa babação de ovo em cima do R.Russo.Concordo que nem tudo o que o Renato Rocha disse pode ser absorvido, mas repito que é fantástico alguém que lá esteve ter uma posição contrária.Fora que sempre achei esquisito a postura social da legião urbana, sendo todos filhos de diplomatas e políticos.Não é a toa que os punks de boutique,digo de Brasília, ficaram com medo quando chegaram em São Paulo.E punk mesmo, foi apenas o primeiro álbum.O resto é perfurmaria.
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